Antera e Catavento lançam pesquisa completa sobre Investimentos de Impacto
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Unidas pelo interesse comum em impulsionar negócios alinhados às necessidades da sociedade, Antera Gestão de Recursos e Catavento formaram parceria para pesquisar o setor de investimento de impacto socioambiental.
A pesquisa apontou alguns pontos chave a serem observados no sentido de promover o crescimento saudável do setor, a saber:
-Formação de empreendedores: a capacitação de empreendedores pode contribuir para expandir o número de negócios de impactos escaláveis e aumentar a efetividade dos impactos socioambientais gerados. É necessário que sejam formadas empresas preparadas para receber investimentos de venture capital/private equity.
-Inovação no modelo de negócio: o crescimento do setor depende do desenvolvimento de novas empresas com modelos de negócio, produtos ou serviços efetivamente inovadores. Para tornar o setor mais atraente a investidores é fundamental que os empreendedores de impacto busquem modelos de negócio que congreguem um público alvo claro, equação econômico-financeira viável e velocidade de crescimento. Nesse contexto, o uso de novas tecnologias torna-se importante para viabilizar empreendimentos do setor.
-Concentração regional e setorial: grande parte dos negócios de impacto e dos fundos de investimento encontra-se na região Sudeste, limitando a expansão geográfica. Adicionalmente, a maior fatia dos investimentos socioambientais encontra-se em três setores de atuação: educação, saúde e serviços financeiros. A expansão para outras regiões e segmentos com demanda latente da sociedade será um passo importante para o desenvolvimento dos investimentos de impacto.
-Engajamento de stakeholders: o investimento de impacto envolve uma agenda multistakeholder. A complexidade das transformações da sociedade exige ampliação do diálogo entre os diferentes atores, tais como governo, reguladores, instituições privadas, academia, parques tecnológicos, organizações multilaterais, bancos de investimento e agências de fomento. Essa aproximação deve favorecer a quebra de silos, a troca de experiências, o compartilhamento de responsabilidades e o alinhamento de interesses entre os stakeholders.
-Desenvolvimento de métricas: houve uma evolução na definição e padronização de indicadores e métodos para a avaliação de impactos operacionais do negócio. Todavia, as ferramentas analíticas disponíveis são insuficientes para a mensuração eficaz do impacto do produto/serviço ofertado e para a comunicação adequada entre empreendedores, gestores de fundos e cotistas.
-Contribuição para sociedade: as gestoras de recursos ocupam lugar privilegiado para contribuir na ampliação do alinhamento entre as demandas da sociedade e as iniciativas empresariais que se apresentam para atendê-las. O envolvimento de potenciais investidores e cotistas de fundos nas discussões do setor é essencial para acelerar seu desenvolvimento e garantir a eficiência do ecossistema de negócios de impacto.
O estudo contou com a contribuição de especialistas do setor, que generosamente compartilharam seus conhecimentos e experiência por meio de entrevistas individuais e enriqueceram de forma significativa o conteúdo da pesquisa.