Guy Kawasaki- “Premortem” para salvar Startups
Médicos conduzem autópsias para descobrir a causa da morte das pessoas. Têm como intuito resolver um crime, impedir a morte de outros, ou simplesmente satisfazer a curiosidade. No entanto, quando alguém morre, já é tarde demais para ajudar.
Empreendedores e seus investidores também costumam analisar por que um produto, serviço ou empresa não deu certo, especialmente se a empresa pertence a outra pessoa. E como no caso de pessoas mortas, a autópsia é realizada quando já é tarde demais para reverter os problemas. Para agir quando ainda há tempo, tanto de prevenir quanto de remediar, surgiu o conceito de “premortems”, cunhado por Gary Klein, cientista-chefe da Klein Associates, e autor do livro “Fontes de Poder: Como as Pessoas Tomam Decisões”.
Sua ideia é unir a equipe de trabalho e fingir que o seu produto fracassou. É isso mesmo: falhou, sucumbiu, implodiu , ou ” foi Aloha Oe “, como se diz no Havaí. Você pede a equipe para bolar todas as razões possíveis para que o fracasso tenha acontecido. Em seguida, cada membro tem de indicar uma razão até que todas estejam devidamente listadas. O passo seguinte é quebrar a cabeça para descobrir maneiras de prevenir todos os problemas.
Você não pode pedir a equipe para comentar os problemas e desafios porque as reuniões são regidas por jogos mentais e regras de boa convivência, por exemplo: não constranger seus parceiros, não dar a entender que você tem pouco espírito de equipe criticando os outros e tentar não fazer inimigos. Nem todo mundo é completamente aberto e honesto nestes encontros.
Por outro lado, as pessoas não estão colocando a culpa uns sobre os outros em um “premortem” (ao menos em um realizado adequadamente). Todos estão compilando uma lista de fatores hipotéticos que podem vir a entrar em ação no futuro. E toda opinião deve ser bem-vinda, em especial aquelas que podem salvar a vida da empresa.
Texto traduzido e adapatado de: www.guykawasaki.com/
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